Refletindo: 1 Samuel 2.29 Com relação à responsabilidade de Eli em função dos erros dos seus filhos, precisamos não ignorar que ela é sempre individual. Os pais, no entanto, têm uma clara missão em relação a eles. Se os pais fazem a sua parte, com palavras e atitudes, de modo que seus filhos tenham um exemplo a seguir, não devem se sentir culpados, se o filho tomou outros caminhos. É comum aos pais perguntar: "onde foi que eu errei?" O fato de os filhos não serem aquilo que deveriam ser não decorre necessariamente de falhas dos pais. A vida é feita de escolhas, e cada um faz a sua. Os pais não podem justificar os erros dos filhos (porque erro é erro) e nem se culpar por eles. Devem, antes, assumir suas responsabilidades e orar pela conversão ou reconsagração deles. Eli talvez tenha feito isto, não foi suficientemente firme. A adolescência e juventude de Samuel forma um triste contraste com a vida dos seus irmãos de criação, os filhos do sacerdote Eli. Eles não se importavam com os valores de Deus. Eli devia sofrer muito com o comportamento dos seus filhos, embora fosse condescendente (mole) com eles. Apesar de ser como eram, o pai não tirou deles a responsabilidade de cuidar da arca (1Samuel 4.4), com conseqüências terríveis para o povo de Israel, que perdeu a glória de Deus (1Samuel 4.22). Os pais, no Antigo Testamento, sempre são solidários com os erros dos seus filhos. Esta é ainda uma verdade: em certo sentido, os pais são responsáveis por aquilo que seus filhos são. Por isto, devem se empenhar, de corpo e alma, para dar a eles a melhor formação. Esta é a melhor herança que podem deixar, porque é a única que ninguém mais pode dar.