Refletindo: 1Samuel 25.34-35 Nossas escolhas são filhas de nossa biologia. Nossas escolhas são também filhas do ambiente em que vivemos. O ambiente de Davi era o da justiça com as próprias mãos. Nossas escolhas são, então, filhas das interações entre nossa biologia (nossa natureza, como dizemos) e o ambiente (o mundo em que vivemos), que constituem a nossa história. Mas podemos não ser escravos de nossa biologia ou de nosso ambiente. Esta é a nossa primeira escolha. Podemos não ser escravos dos traumas que experimentamos. No entanto, não podemos subestimar a força da natureza. Que dizer, por exemplo, a um homem (e poderia ser uma mulher) que tem certeza que uma conspiração está em curso contra ele, que a vê em ação no restaurante, no banco e na escola? Como dizer a este homem, condicionado por sua biologia, que ele precisa buscar um tratamento profissional para aprender a lidar com sua enfermidade? Não podemos subestimar o poder do ambiente. Que dizer, por exemplo, a uma mulher (e poderia ser um homem) que fala alto, porque está cercada por pessoas que falam alto? Como dizer a esta mulher que ela não precisa gritar para ser ouvida ou, simplesmente, não é bom gritar? Nossa história pode se desenvolver no território da liberdade, onde podemos vender nossos picolés. Se em nossa volta todos gritam, não precisamos gritar também. Se o nosso meio é marcado pela violência, podemos seguir nossa por outro ritmo. Se há muitos como Nabal nos estimulando a brigar, podemos ser como Abigail, que faz gestos de ternura. Davi foi longe em seu desejo de vingança, mas recolheu a mão ainda em tempo. Podemos ser como Davi.