Salmo 32: CULPA E GRAÇA

CULPA E GRAÇA
Salmo 32

Pregado na Igreja Batista Itacuruçá, em 3.10.1999 – manhã

INTRODUÇÃO
Nossas histórias pessoais têm pontos de contato com a do autor de salmo (Davi) que nele recorda sua experiência com a transgressão. Neste salmo aprendemos, entre outras verdades que…

1. O PERDÃO DIVINO É UMA NECESSIDADE HUMANA (vv. 3-4)
A experiência da falta de perdão é a mais dramática do ser humano.

3 Enquanto guardei silêncio, consumiram-se os meus ossos pelo meu bramido durante o dia todo.
4 Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estio.

1.1. Nós não podemos conviver com a culpa.
Esta realidade é algo tão importante que a Igreja Católica inventou o confessionário e Fredu criou o divã… Por isto, precisamos confessar os nossos pecados a Deus.
1.2. A não confissão do pecado nos faz adoecer física (consumiram-se os meus ossos), emocional (meu bramido durante todo o dia) e espiritualmente (tua mão pesava sobre mim), tirando-nos a razão de viver (o meu humor se tornou em sequidão de estio — humor é disposição para viver; sequidão de estio é ser como um pingo dágua no asfalto quente; não há como encontrar alegria, razão de ser, etc.)

2. DEUS PERDOA TODO TIPO DE ERRO QUE COMETEMOS (vv. 5-7)
Não há um tipo sequer que ele não apague das páginas de nossas vidas.

5 Confessei-te o meu pecado, e a minha iniqüidade não encobri. Disse eu: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a culpa do meu pecado.
6 Pelo que todo aquele é piedoso ore a ti, a tempo de te poder achar; no trasbordar de muitas águas, estas e ele não chegarão.
7 Tu és o meu esconderijo; preservas-me da angústia; de alegres cânticos de livramento me cercas.

2.1. Deus perdoa a iniqüidade, vale dizer, o erro que decorre de nossa natureza pecaminosa (pecado original, no jargão teológico)
2.2. Deus perdoa o pecado, vale dizer, o erro geral de não acertar o alvo (o ideal, o projeto) de Deus para as nossas vidas.
2.3. Deus perdoa a transgressão, vale dizer, o delito consciente de ultrapassar o limite estabelecido (como o da velocidade no trânsito)
2.4. Deus quer perdoar os nossos pecados. Ele o esconderijo onde podemos depositar os nossos pecados. Quando depositamos nele nossos pecados, ficamos livres da angústia e cantamos poemas de libertação da culpa.

3. PRECISAMOS APRENDER A PEDIR PERDÃO A DEUS (vv. 8-10)
Pedir perdão é um estilo de vida.

8 Instruir-te-ei, e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; aconselhar-te-ei, tendo-te sob a minha vista.
9 Não sejais como o cavalo, nem como a mula, que não têm entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio; de outra forma não se sujeitarão.
10 O ímpio tem muitas dores, mas aquele que confia no Senhor, a misericórdia o cerca.

3.1. O caminho da felicidade é o pecado da confissão do pecado.
Depois de sua experiência, Davi nos ensina a como tratar o erro que cometemos.

3.2. A aprendizagem da confissão é dolorosa.
Depois de sua experiência em que Davi se comportou com um cavalo, ao demorar a compreender o que se estava passando, ele decidiu aceitar o cabresto e o freio (repreensão para reflexão sobre o erro), mesmo contra a sua natureza (de outra forma não se sujeitarão).

3.3. Precisamos aprender que ser perdoado é ser cercado pela misericórdia de Deus.
O perdão divino é algo à nossa disposição. Precisamos aprender esta realidade e mudar nossas vidas. Se não aprendemos, somos cercado por outra corda: a corda do remorso, a mesmo que enforcou Judas.

4. CONCLUSÃO

1 Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto.
2 Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui a iniqüidade, e em cujo espírito não há dolo.
11 Alegrai-vos no Senhor, e regozijai-vos, vós justos; e cantai de júbilo, todos vós que sois retos de coração.