Jonas 2: MELHOR É OBEDECER

MELHOR É OBEDECER

Jonas 2

Pregado na Igreja Batista Itacuruçá, em 6.6.99, noite.

1. INTRODUÇÃO
A experiência de Jonas, ao tentar escapar de uma missão dada pelo Senhor da história, suscita uma pergunta: Será que Deus castiga os desobedientes?
Diz a Bíblia que Deus repreende aqueles que ama, quando estes erram (Ap 3.19a).
Sabemos por experiência própria e pela leitura da Bíblia que todo aquele que fugir aos princípios de Deus pagará por isto um alto preço como uma conseqüência natural dos seus atos de distanciamento de Deus, cujo resultado é sempre a morte. No caso particular de Jonas, sua vida estava pondo em perigo as vidas de pessoas  inocentes.
Mesmo que nos ocorra um caso ou outro, podemos pedir perdão a Deus, que nos atenderá.
Jonas experimentou isto e sua oração nos ensina que melhor é obedecer, mas que se cairmos, Deus nos livrará em resposta ao nosso pedido de socorro. Mais que isso, a oração de Jonas é um verdadeiro modelo de oração.

2. NOSSA ORAÇÃO DEVE SER UM CLAMOR (v. 2a).
Oração é clamor que sobe do fundo de nossa alma ao coração de Deus. Oração não em um conjunto de frases feitas, vazias e burocráticas. Esse tipo de oração não passa do teto.
Oração respondida é aquela que fazemos com a certeza de que confiamos tão-somente em Deus. Não existe forma, nem lugar para a oração. Não existe sequer um formato ideal para ela. Podemos orar assentados, deitados, em pé, de joelho, em qualquer posição; de olhos fechados, de olhos abertos.. O importante é que possamos nos concentrar, colocando todo o nosso foco e esforço naquEle a quem oramos.

3. NOSSA ORAÇÃO É RESPONDIDA… (v. 2b, 10)
Não existe a hipótese de Deus não responder a nossa oração, mesmo que pareçamos estar banidos de diante dos seus olhos (v. 4-6a) e completamente sem perspectiva. No ventre do peixe, não havia saída para Jonas. Seus movimentos estavam tolhidos. Sua visão era nenhuma, ali no ventre do peixe. As algas que entraram com ele davam voltas pelo seu corpo. Ele se sentia numa sepultura (v. 6b).
Mesmo naquela situação, dramática e ridícula, Deus ouviu a sua oração. Ele ouve a nossa oração. Ele ouve a sua oração, não importa onde esteja você em termos de distância dEle, não importa como esteja em você em termos de fidelidade a Ele

3.1.  … Desde que seja uma expressão de arrependimento (v. 7)
Nossa oração deve ser sempre uma confissão. Para irmos a Deus, precisamos estar com as mãos puras, isto é, vazias de sangue, isto é, com vidas perdoadas por Deus.
Quando confessamos nossos pecados, Deus ouve nossa oração. Ele primeiro nos purifica (nos perdoa) para depois se comunicar conosco. Como Ele é santo, Ele não se comunica conosco senão depois de nos purificar. Purificamo-nos quando nos arrependemos.
Não se trata aqui de um arrependimento geral (do tipo “multidão de pecados”), mas de arrependimento por pecados específicos. Oração respondida, portando, é aquela que, no caso da culpa, nasce do arrependimento.

3.2. … Desde que oremos a Ele e não a um ídolo (v. 8)
Nossa oração é diretamente a Deus, que controla a natureza, fazendo com que os oceanos e os peixes obedeçam ao seu comando.
Em certo sentido, não oramos a ídolos. No entanto, nosso deus pode ser um ídolo, porque feito à nossa imagem e semelhança. Precisamos confrontar o nosso deus com o Deus da Bíblia. É o Deus da Bíblia que nos responde.

4. A ORAÇÃO DEVE SE COMPLETAR EM AÇÕES DE GRAÇAS (v. 9)
O grito o de clamor deve se completar com a oração de ações de graças, em reconhecimento por sua resposta (v. 9).
[A falta que faz uma teologia do pacto]

5. CONCLUSÃO
Diz a Bíblia que “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Jl 2.32).
Precisamos orar. A Bíblia fala, no v. 7, que Jonas se lembrou de Deus. Lembrar-se, no sentido hebraico, é agir a partir de uma lembrança. Tem a ver com decisão, com ação.
Precisamos fazer votos, firmar compromissos. Oração é compromisso.
A oração pode mudar até o coração de Deus (3.1033)

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