Efésios 2.4-9 e outros: A DOUTRINA DA SALVAÇÃO

1. INTRODUÇÃO
Os 120 anos da igreja positivista no Brasil, que não cultua nenhum deus, mas a idéia da humanidade. É a imanencia elevada à categoria de transcendência. É a razão deificada.
O mesmo esforço foi feito pela religião judaica em torno da lei. A lei foi divinizada. O fracasso do sisitema legal para a expiação adveio da experiência do pecado como maior que o próprio homem.
Por mais politicamente incorreta que pareça, esta é a condiçao humana: todos pecaram e carecem da glória de Deus (Romanos 3. 23).
Sem a glória, é a vida no apagão. Sob o domínio do pecado, é o sem-sentido.

A salvação é o processo pelo qual Deus nos acolhe de novo em seus braços, nós, os filhos pródigos, afastados voluntariamente de Sua presença. A salvação é o processo pelo qual Deus nos resgata (tira, liberta) das trevas para a luz.
Ela não pode ser objeto de orgulho por parte de quem é salvo, porque não é uma conquista humana; antes, é o resultado do dom gratuito de Deus.
Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, —pela graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. (Efésios 2.4-9)

Tem uma dimensão passada, presente e futura.
Nós fomos salvos — a justificação
Nós estamos sendo salvos — a santificação
Nós seremos salvos — a glorificação

2. ETAPAS DA SALVAÇÃO

A INICIATIVA
Deus a si mesmo se deu em resgate por todos (1 Timóteo 2.6).
Este é o significado da encarnação, que Paulo narra em Filipenses 2.5-11, com admirável beleza:

Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai. (Filipenses 2.5-11)

e explica em Romanos 3.21-26  como sendo a justificação, que é o centro do Evangelho.

Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos e sobre todos os que crêem; porque não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus. (Romanos 3.21-26)

A justiça (justificação) de Deus não tem nada a ver com a justiça humana. Consiste em:
. redenção (compra da nossa alma dominada pelo pecado)
. propiciação (aplacamento da ira de Deus, fazendo desaparecer a culpa – é mais que perdão, pois não absolve, mas deixa o prontuário limpo; só Quem é justo pode justificar)
. demonstração (publicação pela cruz)

O CONVITE
Deus convida a todos os seus filhos para serem novamente seus filhos. Seu desejo é que “todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1 Timóteo 2.4)  
Por isto, seu convite é firme: Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. (Mateus 11.28)
Ele aceita a todos os que vieram a Ele, sem nenhum tipo de pré-condição. Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora. (João 6:37)

CONVERSÃO
A resposta humana ao convite divino tem um nome, com duas operações: arrependimento e fé.
Mesmo a conversão não é totalmente humana, pois que a vontade humana está corrompida para uma empreitada desta. No entanto, o próprio Espírito Santo convence (e Ele o faz para com todos, insistindo com todos, explicando a todos, não a alguns queridos de Deus).
Arrepender-se e ter fé é deixar-se convencer pelo Espírito Santo, não pela razão, não pelo sofrimento, mas pelo Espírito, que usa os meios que julgar próprio para cada indivíduo. A conversão é o primeiro passo. É a volta do caminho para o Caminho. O arrependimento é negativo; a fé é positiva. A conversão é a resposta humana ao oferecimento divino.

REGENERAÇÃO
Deus regenera (gera de novo) aqueles que se arrependem e crêem. É a transformação que Deus opera, dando novo sentido à vida. Isto não se dá por causa dos nossos méritos, mas por Sua misericórdia. É uma capacitação para se obedecer a Deus.

SANTIFICAÇÃO
Deus vai nos aperfeiçoando.

GLORIFICACAO
Deus completa a obra do aperfeiçoamento, quando nos encontrarmos com Ele. Teremos uma vida sem qualquer compromisso com o pecado, com a nossa condição anterior à conversão.

3. CONVITE À DECISÃO
Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. (Isaías 55.1)

ISRAEL BELO DE AZEVEDO 

plugins premium WordPress