Roteiro para pequenos grupos — EU POSSO PERDOAR, 1: ATITUDES PRÉVIAS Á OFENSA (Mateus 5.21-26)

EU POSSO PERDOAR, 1 (Mateus 5.21-26)

NOSSO ENCONTRO: Use um termo da metereologia para descrever sua semana. Ex: com sol, nublada, chuvosa etc, e justifique sua resposta.

EXALTAÇÃO: Ler o Salmo 4 e dividir em pequenos grupos para oração.

LOUVOR: Faça um momento de celebração, de louvor ao Deus através dos cânticos

EDIFICAÇÃO: Mensagem “EU POSSO PERDOAR” (Atutdes prévias à ofensa)
(Mateus 5.21-26)

PERGUNTAS E RESPOSTAS
1. Peça ao grupo para passar em revista situações em que a dificuldade de perdoar tem falado mais alto que o ensino da Palavra de Deus.
R.:Livre

2. Por que temos dificuldade em admitir que os ofensores somos nós?
R.: Não prestamos a atenção que devemos às pessoas.
Não gostamos de admitir que erramos.
Pedir perdão demanda atenção, humildade e coragem.

3. O que fazer quando erramos, ofendendo?
Devemos nos lembrar que somos capazes de ofender.
Peçamos desculpas, mas desculpas de verdade, vindas de um sentimento de arrependimento, dizendo: “Perdoe-me pelo mal que meu erro lhe causou”.
Pedir perdão demanda atenção, humildade e coragem.
Devemos também estar dispostos a pagar o preço por nosso pecados.

ÍNTEGRA DO TEXTO
“EU POSSO PERDOAR” (Atutdes prévias à ofensa)
(Mateus 5.21-26)

Como uma menina abusada sexualmente em casa vai perdoar seu algoz?
Como uma esposa traída vai perdoar o homem a quem amou por tanto tempo?
Como uma família que teve um filho assassinado vai perdoar o homicida?
Como um adulto conviverá com o fato de ter sido abandonado ainda bebê perdoando sua mãe (ou seu pai)?
Como alguém perdoará  uma pessoa que teve uma dúvida a seu respeito e a espalhou como certeza, sem conferir, sem pensar nas conseqüências?
Como um homem derrubado pela maledicência de “um irmão em Cristo” vai perdoar quem lhe causou tanto prejuízo?
Como uma senhora que teve suas economias liquidificadas por um espertalhão vai lhe perdoar?

Estas situações não deveriam nos sobrevir, mas nos sobrevêm.

Ao longo de nossas vidas, estamos cercados de bondades e maldades. A bondade tem o condão da invisibilidade. A maldade é como um ponto preto numa superfície branca. Olhamos para o ponto preto, por menor que seja, e desprezamos a superfície branca, mesmo imensa.
Não nos lembramos que a bondade nasce do desejo de fazer coisas boas, pois só pensamos no desejo como o berçário do mal. Assim, os desejos dos outros são os nossos infernos.
A solução seria não ter desejos, mas os temos. Outra solução seria não conviver, mas esta opção não nos é dada.
Os desejos, dos outros (que nos incomodam) e os nossos (que incomodam aos outros), e as convivências tornam inevitáveis os conflitos. O conflito existe quando nós somos pensados como obstáculos aos desejos dos outros. O conflito existe quando nós pensamos os outros como obstáculos aos nossos desejos. Nesses casos, a vitória é triunfar sobre os obstáculos, não importa o preço.

Muitas vezes o resultado destes conflitos é a ofensa, seja ela verbal ou física.
O que fazer quando ofendemos?
O que fazer quando somos ofendidos?

NÓS, OS OFENSORES

Não temos grandes dificuldades quando ofendemos porque raramente temos a percepção que ofendemos. Quando ofendemos, não sofremos tanto. Tendemos a nos importar pouco com aqueles que têm algo contra nós.
É tanta a nossa dificuldade que Jesus fala deste tipo de ofensa, aquela que nós provocamos. Diz ele: “qualquer que se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento” (…) Portanto, se você estiver apresentando sua oferta diante do altar e ali se lembrar de que seu irmão tem algo contra você, deixe sua oferta ali, diante do altar, e vá primeiro reconciliar-se com seu irmão; depois volte e apresente sua oferta” (Mateus 5.22-24).
Preferimos nos concentrar na maldade que nos fere, não em nossa maldade que fere os outros. Nela precisamos pensar. Pensar e agir, para ver o que podemos reparar. A ofensa que praticamos impede ao ofendido de cultuar a Deus e deveria nos incomodar também. A ofensa que recebemos nos impede de cultuar a Deus e deveria incomodar o ofensor também.
Tomemos cuidado para não usarmos dois pesos e duas medidas: compreensão, para nós; juízo, para o outro. Nosso modo de ser deve exceder o dos fariseus.
O juiz nesta questão não somos nós, mas os outros. Se o outro diz que o ofendemos, nós o ofendemos. “Se o seu irmão tiver algo contra você…” — eis a advertência de Jesus.
O fato de eu não saber que ofendi não me torna inocente. No dia em que eu souber que ofendi, preciso agir. Não devo me esconder no fato de que não sabia ou que não tive a intenção. O sofrimento do outro não depende do que eu ache.
Como eu me sinto quando sou a vítima, nessas mesmas condições?

A possibilidade e a realidade de sermos os ofensores nos devem levar a atitudes prévias e posteriores.

1
Reflitamos sobre nossas ATITUDES PRÉVIAS à ofensa.
O padrão está dado: em nossos relacionamentos, no conflito e na paz, devemos adotar atitudes mais elevadas que as do mundo em que vivemos (Mateus 5.22). Pode ser que todo mundo aja assim ou assado, mas nós agiremos de outro modo. Podemos ser os únicos a manter o nível elevado de vida, mas nossa fidelidade deve ser a Deus, não aos homens.
Em nosso convívio, portanto, devemos pensar antes de falar. Devemos pensar e repensar antes de agir. Devemos pensar, repensar e recuar antes de julgar.
É sábio e santo pensar. É sábio e santo pensar e repensar. É sábio e santo pensar, repensar e recuar.
Se a nossa religião não nos torna mais generosos e mais atentos aos outros, ela não vale nada. Temos déficits na área da atenção aos outros. E não é por olharmos demais para Deus. Quando nós o contemplamos, Ele nos manda olhar para os lados, para ver os caídos. Nosso problema é que tendemos a olhar demais para nós mesmos, que ficamos sem tempo para olhar para os outros, prestar atenção aos outros, cumprimentar os outros, abraçar os outros. Precisamos orar para que Deus nos ajuda a nos livrar de nossa natureza centrada em nós mesmos, para olharmos para os outros. Não gostamos da atenção dos outros? Demos atenção aos outros. Não queremos ser ouvidos? Ouçamos os outros. Não gostamos de uma palavra amiga? Profiramos palavras amigas.
Eu sou muito devedor a um homem: é o pastor Sillas dos Santos Vieira. Um dia destes estava na igreja, num sábado, quando chegou um carteiro. Perguntou meu nome e me deu um telegrama. Era do Sillas, pastor da Igreja Batista em Santo Antônio, Vitória, Espírito Santo. Ele deve ter sabido de minha saída do Seminário, ocorrida em 31 de março de 2009. Vou ler todo o texto, exceto a última frase em que saúda minha esposa e minha filha: “Parabéns, Israel, pelo belo trabalho realizado na direção nosso querido Seminário Batista do Sul do Brasi neste período que lhe coube dirigi-lo, Damos muitas graças ao nosso Deus por sua vida, sua família e agora pelo trabalho realizado no Seminário do Sul. Deus o abençoe e à sua família que soube apóia-lo em todo o tempo e também à querida Igreja Batista Itacuruçá”. Ele e sua esposa, Alba, assinam o telegrama, que ele postou pessoalmente (não mandou ninguém) num balcão dos correios.
Sillas telefona nos três aniversários lá de casa. Ou telegrafa ou escreve uma carta. Foi meu chefe quando fui redator da revista Juventude Batista, da Jumoc, nos anos 70 e 80. Desde então não tem uma data importante na minha vida em que não esteja presente, fisicamente ou por correspondência, sem nenhuma retribuição de minha parte, exceto, para minha vergonha, modestos “muito obrigado”. Ele não faz para receber gratidão. Ele não faz esperando reconhecimento. Ele faz. A generosidade se tornou parte do seu estilo de vida. Certamente faz isto com outras pessoas.
Palavras amigas são com Sillas dos Santos Vieira.
Se as pessoas importarem para nós, dificilmente nós as ofenderemos. Seremos mais generosos, mais polidos, mais corteses.
(CONTINUA)

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