Roteiro para pequenos grupos — EU POSSO PERDOAR, 2: QUE FAZER DEPOIS QUE OFENDEMOS (Mateus 5.21-26)

EU POSSO PERDOAR, 2: QUE FAZER DEPOIS QUE OFENDEMOS (Mateus 5.21-26)

NOSSO ENCONTRO: Que sentimentos você experimenta quando é ofendido?

EXALTAÇÃO:  Ler 1João 4.7-21e orar agradecendo a Deus que está sempre pronto a nos perdoar.

LOUVOR: Faça um momento de celebração, de louvor ao Deus através dos cânticos

EDIFICAÇÃO: Mensagem “EU POSSO PERDOAR, 2: QUE FAZER DEPOIS QUE OFENDEMOS (Mateus 5.21-26)

PERGUNTAS E RESPOSTAS
1. Que atitudes devemos tomar, depois que ofendemos alguém, voluntária ou involuntariamente?
Sabendo que, infelizmente, somos capazes de ofender, devemos pedir perdão, desculpando-nos sinceramente, sem explicações e sem por a culpa em outros.
Devemos nos dispor a pagar o preço da ofensa que fizemos.
Precisamos pedir coragem ao nosso Deus, para reconhecer que erramos, para admitir perante o outro que erramos contra ele e para decidir pagar o preço do nosso erro.

2. Que reações provocam a leitura de 1João 4.7-Eu me sinto chicoteado. E você?
LIVRE

TEXTO DA A MENSAGEM
Reflitamos agora sobre nossas ATITUDES POSTERIORES à ofensa.
E agora que, supondo, descobrimos que ofendemos alguém?

Ofendemos?
1. Devemos nos lembrar que somos capazes de ofender. A aritmética é simples: para cada um ofendido, há um ofensor. Um dia somos ofendidos. Noutro dia, ofendemos. E não necessariamente nesta ordem.

Ofendemos?
2. Peçamos desculpas, mas desculpas de verdade, vindas de um sentimento de arrependimento diante da falha cometida por nós.
Não peçamos desculpas, pondo a culpa no outro, como, por vezes, fazemos, como o evidenciam alguns exemplos:
— Não acho que tenha errado, mas lamento muito que a minha atitude lhe tenta trazido algum dano.
— Não tive a intenção de ofender você, mas assim mesmo peço desculpas, pelo transtorno que involuntariamente causei.
— A sua atitude não me deixou alternativa, senão reagir desse modo. Lamento muito.
— Peço desculpas não pelo que fiz, mas pela forma que fiz; como vocês sabem, eu estava sob uma intensa pressão e me excedi.
— Não era esta a minha intenção, mas, se magoei você, queira me desculpar.
— Errei, mas, no meu lugar, qualquer um erraria. Desculpe.
— Desculpe, mas você sabe que eu sou assim.

O certo é dizermos:
— Perdoe-me pelo mal que meu erro lhe causou.
Acho a palavra “desculpas” suave demais. Perdão é mais forte. Perdoe-me é mais pessoal. Dizer perdão é para poucos, só mesmo para os bem-aventurados.
Pedir perdão demanda atenção, humildade e coragem.

Ofendemos?
3. Disponhamo-nos a pagar o preço.
Mesmo que nosso pedido de perdão não possa reparar o dano provocado (como no caso de um assassinato ou de uma maledicência), devemos nos dispor a pagar o preço, vestindo-nos com roupa de saco e pondo cinza sobre nossos corpos, como faziam os profetas do Antigo Testamento, para indicar o malestar em que estavam por terem pecado.
No plano humano, todo perdão implica em um preço a ser pago.

Se furtei, devo pedir perdão e ressarcir o que surrupiei.
Se fofoquei, devo pedir perdão e minimizar os efeitos do meu pecado.
Se usei palavras duras, devo pedir perdão e me dispor a não as repetir.
Se traí a confiança, devo pedir perdão e me propor a ser fiel.
Se atravessei a rua para não falar com alguém, mesmo que não me tenha visto, devo pedir perdão e me dispor a gestos mais solidários.
Se fui ríspido ou deselegante, devo pedir perdão e me vigiar mais para não explodir de novo.
Se faltei a um compromisso, devo pedir perdão e desejar, de coração, nunca mais faltar.
Se reagi impensadamente, com violência ou não, devo pedir perdão e orar para que meu jeito de ser seja transformado.

3
Será que, nestes casos, o difícil é possível?
Algumas atitudes podem nos ajudar.

1. Precisamos desejar viver de modo coerente.
Nossa grande meta deve ser que, em nosso comportamento, vida e religião guardem uma proximidade tal que     que o nosso desejo e a nossa prática formem uma identidade. Quem tem uma visão integrada (entre vida e fé) sabe que uma ofensa ao próximo é uma ofensa a Deus.

2. Precisamos desejar que nossos relacionamentos, nos conflitos e na paz, tenham padrões mais elevados do que o mundo em que vivemos. Jesus contrapunha as práticas equivocadas de antigos e contemporâneos com um “mas” (Mateus 5.22), propondo a partir dai um novo caminho.

3. Precisamos pedir coragem ao nosso Deus, para reconhecer que erramos, para admitir perante o outro que erramos contra ele e para decidir pagar o preço do nosso erro.

Nossa adoração, segundo Jesus, depende disto.

Quero concluir esta segunda parte, lendo um texto muito conhecido:

Amados, amemos uns aos outros, pois o amor procede de Deus. Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.
Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.
Foi assim que Deus manifestou o seu amor entre nós: enviou o seu Filho Unigênito [Único] ao mundo, para que pudéssemos viver por meio dele.
Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.
Amados, visto que Deus assim nos amou, nós também devemos amar uns aos outros.
Ninguém jamais viu a Deus; se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor está aperfeiçoado em nós.
Sabemos que permanecemos nele, e ele em nós, porque ele nos deu do seu Espírito.
E vimos e testemunhamos que o Pai enviou seu Filho para ser o Salvador do mundo.
Se alguém confessa publicamente que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele em Deus.
Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor. Deus é amor. Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele.
Dessa forma o amor está aperfeiçoado entre nós, para que no dia do juízo tenhamos confiança, porque neste mundo somos como ele.
No amor não há medo [medo de não ser aceito; medo de não ser perdoado]; ao contrário o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor.
Nós amamos porque ele [Deus] nos amou primeiro.
Se alguém afirmar: “Eu amo a Deus”, mas odiar seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.
Ele nos deu este mandamento: Quem ama a Deus, ame também seu irmão.
(João 4.7-21)

Leio este texto e me sinto chicoteado e espero que lhes chicoteiem também.
Leio também a afirmativa de um pastor contemporâneo: “Vivemos em uma época em que o ódio é a norma e por excessivas vezes essa atitude transborda para dentro da igreja, mas as Escrituras deixam claro que a devoção total a Jesus Cristo inclui viver em paz com os nossos irmãos” (Bill Hybels). Eu me sinto também chicoteado e espero que a frase também lhe esteja doendo nas costas.
Se eu amo meu irmão, é porque o Espírito Santo está conduzindo o meu coração. Se não amo, tenho que me perguntar: quem está me conduzindo? Se eu amo, sou nascido de Deus. Se deixo o ódio crescer dentro de mim, de quem sou nascido? (E aqui lembro que o ódio, se não for espiritualmente estancado, vai naturalmente crescer. A pessoa odiada não precisa fazer mais nada, que será cada vez mais odiada.)
Se eu amo, eu aperfeiçôo o amor de Deus. Que linda responsabilidade. Se eu não amo, posso concluir que aperfeiçôo o ódio, inoculado e alimentado por Satanás no meu coração.
O amor, portanto, é o teste prático da fé. Se digo que creio em Jesus, mas não amo, eu não creio em Jesus. É por isto que Jesus diz: “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus” (Mateus 7.21). Há gente pensando que vai para o céu, mas não vai. Lá não cabe este tipo de pessoa. Imaginemos por que: aqui você odiou aqui alguém; desejou até que ela morresse. Bem, ambos morrem, aqui em tempos diferentes, mas no céu não tem tempo. De repente, ao chegar ao céu, você se encontra com quem odiou aqui. Vai pedir a Deus um lugar distante dessa pessoa? Não há essa chance: quem odeia não vai estar lá, porque não crê em Deus e demonstra que não crê, odiando.
O assunto, portanto, é mais sério que os nossos temperamentos, nossas emoções e nossas biografias.
Temos muito a caminhar e eu espero que o Espírito Santo seja a nossa força. Se dependermos de nossos próprios espíritos (temperamentos, sentimentos, biografias), vamos produzir apenas ódio, mais ódio, porque esta é a nossa natureza.
(CONTINUA)

RESUMO
1. Devemos nos lembrar que somos capazes de ofender. A aritmética é simples: para cada um ofendido, há um ofensor. Um dia somos ofendidos. Noutro dia, ofendemos. E não necessariamente nesta ordem.

2. Peçamos desculpas, mas desculpas de verdade, vindas de um sentimento de arrependimento diante da falha cometida por nós. Não peçamos desculpas, pondo a culpa no outro, como, por vezes, fazemos

3. Disponhamo-nos a pagar o preço. Mesmo que nosso pedido de perdão não possa reparar o dano provocado (como no caso de um assassinato ou de uma maledicência), devemos nos dispor a pagar o preço, vestindo-nos com roupa de saco e pondo cinza sobre nossos corpos, como faziam os profetas do Antigo Testamento, para indicar o malestar em que estavam por terem pecado.

4. Precisamos desejar viver de modo coerente.
Nossa grande meta deve ser que, em nosso comportamento, vida e religião guardem uma proximidade tal que     que o nosso desejo e a nossa prática formem uma identidade. Quem tem uma visão integrada (entre vida e fé) sabe que uma ofensa ao próximo é uma ofensa a Deus.

5. Precisamos desejar que nossos relacionamentos, nos conflitos e na paz, tenham padrões mais elevados do que o mundo em que vivemos. Jesus contrapunha as práticas equivocadas de antigos e contemporâneos com um “mas” (Mateus 5.22), propondo a partir dai um novo caminho.

6. Precisamos pedir coragem ao nosso Deus, para reconhecer que erramos, para admitir perante o outro que erramos contra ele e para decidir pagar o preço do nosso erro.

ISRAEL BELO DE AZEVEDO

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