BOM DIA: como é fugaz a força do poder

 alt

O helicóptero voa de uma cidade para outra levando o presidente da República. Enquanto ele for o titular do Planalto, esta será a rotina.
Sabe-se que o presidente Fernando Collor de Mello, quando perdeu o poder, pediu ao comandante do helicóptero que o levava para sobrevoar Brasília, numa forma de solene despedida da cidade (e do poder).
O piloto respondeu que não havia combustível.
Naquele momento, a perda do poder saiu do noticiário para entrar no coração do ex-presidente. Agora, teria que abrir as próprias portas, carregar as próprias malas, pagar as próprias contas.
Ás vezes, nos sentimos presidentes por causa de um trabalho bem feito, de um elogio, de uma função que coordena outras pessoas ou até mesmo de um ego inflado.
Então, devemos nos lembrar que amanhã não seremos mais presidentes. A sombra sucederá os holofotes. O transporte coletivo tomará o lugar do helicóptero exclusivo. O anonimato voltará a imperar.
É por isto que tantas pessoas se apegam ao poder, por menor que seja.
 
plugins premium WordPress