NÃO GOSTO DO NATAL (Sylvio Macri)

"Não gosto do Natal", foi a frase que ouvi de um colega de trabalho há muitos anos atrás. "Por que?", perguntei. "Porque é uma ocasião em que se vê muito fingimento", respondeu. "Pessoas que não se falam o ano inteiro, no Natal se abraçam e até se beijam, e depois só se falam novamente em uma ou outra data especial." Uma colega que estava na mesma sala, disse: "O Natal sempre traz a mim e ao meu filho uma lembrança muito triste, pois foi quando me separei do meu ex-marido, há seis anos atrás."

Essa atitude com respeito ao Natal não me surpreendeu.

Creio que a explicação disso é que as pessoas criam uma expectativa errada com relação ao Natal. Pensam numa época mágica, em que tudo tem que ser alegria, paz, harmonia e amor, mesmo que isso não seja realidade.

Seria muito bom que os problemas, as adversidades e os conflitos escolhessem ocasião para acontecer, mas sabemos que não é bem assim. Por outro lado, é uma atitude egoísta pensar que o Natal tem que representar apenas bem estar pessoal.

Proponho que todos repensemos o Natal, que consideremos sua verdadeira natureza e objetivo. O Natal se originou no coração do Deus que ama, que perdoa, que não leva em conta o nosso pecado, mas deu o melhor que tinha, seu Filho, em sacrifício por nós.

É o Natal de Jesus, que esvaziou-se de toda a sua glória pessoal para tornar-se um de nós, sofrer como nós, morrer por nós. A salvação é o dom maravilhoso do Natal, mas representou desprendimento, humilhação, dor e sofrimento. O Natal tem o fim de comemorar o amor que dá, não o amor que recebe. O altruísmo, não o egoísmo.

Mudemos nossa expectativa, e o Natal mudará.

Pr. Sylvio Macri

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