De novo, o Natal de Jesus,
História que vamos cantar,
História que vamos contar,
Estação que vai nos alegrar,
Estação em que vamos presentear.
De novo, o Natal de Jesus,
Tempo de efusivamente agradecer
O dom da vida vivos a nos manter,
A graça que nos permite em paz viver,
A eternidade em que mergulha o nosso ser.
De novo, o Natal de Jesus,
Com presépios que podemos construir,
Com anjos que podemos esculpir,
Com pastores em cujos caminhos podemos persistir,
Com magos cuja bondade nos pode definir.
De novo, o Natal de Jesus,
Cuja narrativa podemos ignorar,
Como se nada tivéssemos a celebrar,
Cuja estação podemos deixar passar,
Como tradição que não nos pode incomodar.
De novo, o Natal de Jesus,
E então o que vamos fazer
Com o pedido do esmoler:
Apenas esmolar para nos enaltecer?
De novo, o Natal de Jesus,
Como um tempo para conferir,
Para nos deixarmos advertir,
Para que do egoismo venha nos redimir
Para que o amor nos alegremos em difundir.
De novo, o Natal de Jesus,
Tempo de as boas novas cantar,
Tempo de com graça viver,
Tempo de nos emocionar,
Tempo de a nossa própria salvação fruir,
Tempo de a todos para a salvação convidar.
Será outra vez época banal,
Com tediosa repetição anual,
Em que vamos muitas canções entoar
Ou vamos nos enternecer
E mais que nos alegrar e divertir,
Vamos celebrar e nos oferecer
Para ajudar outros entenderem o convite da eternidade
Por meio também dos frutos de nossa generosidade?
De novo de Jesus o Natal:
O que vamos fazer?
Podemos ser como Maria,
Ao aceitar o convite para a parceria.
Podemos ser como José:
Respeitoso ao acompanhar sua mulher.
Podemos como anjos vindos do alto
Afinando suas vozes de barítono, soprano, tenor e contralto.
Podemos ser como os pastores que saem para ver
O que o Todo-Poderoso é capaz de por eles e por nós fazer.
Israel Belo de Azevedo