Pregado na Igreja Batista Itacuruçá em 2004. 1. INTRODUÇÃO Você fica triste com quem não o ama? Não, só nos entristecemos com quem amamos. Seu comportamento entristece a alguém que não ama você? Não, só entristecemos a quem amamos. O Espírito Santo é alguém que ama você. É este Espírito que não deve ser entristecido. Entristecer é provocar dor, ferir, causar tristeza, desapontar.. É triste saber que nós podemos deixar Deus triste. E o mais triste é saber que nós o fazemos… A Bíblia nos pede: Não entristeçam o Espírito Santo de Deus, com o qual vocês foram selados para o dia da redenção (Efésios 4.30). 2. QUANDO ENTRISTECEMOS O ESPÍRITO SANTO Entristecemos o Espírito Santo quando: 2.1. Entristecemos o Espírito Santo quando vivemos como se Ele não existisse. Se não desprezamos teologicamente, nós o desprezamos existencialmente. Entristecemos o Espírito Santo quando falhamos em reconhecer Sua presença em nós. Andamos com o Espírito, mas não no Espírito. Fazemos como os discípulos de Jesus em Emaús… Entristecemos o Espírito Santo quando falhamos em viver cada momento na consciência de que está conosco. 2.2. Entristecemos o Espírito Santo quando ignoramos que Ele nos sela para uma vida santa até a redenção final. O Espírito Santo não só está em nós, como Sua presença nos sela para o dia da redenção. Ser selado com o Espírito Santo significa que o Espírito Santo vai nos guardar até o dia final da redenção. Foi o Seu poder que nos levou ao arrependimento. É o seu poder que nos guarda na fé. O Espírito é nosso guardião. Ele é a garantia de nossa redenção. (HAAK, Carl. Grieve Not the Spirit of God. Disponível em http://www.prca.org/refwitness/1997/1997may25.html). Muitos ficamos felizes com o selo para o dia da redenção e nos esquecemos de “exibir” este selo agora. Outros achamos que a vida santa que levamos, ou achamos levar, decorre de nosso esforço, não da marca do Espírito Santo. Entristecemos o Espírito Santo ao fazer aquilo que não é santo. Quando pecamos, nós entristecemos o Espírito Santo. Quem entristece o Espírito Santo não perde a salvação, mas perde o poder do Espírito sobre a sua vida. 2.3. Entristecemos o Espírito Santo quando deixamos de seguir a sua liderança Quando deixamos de andar no Espírito, vamos atrás do nosso temperamento, e não atrás do temperamento do Espírito Santo. O caráter dEle é amor. Quando ele não vê o amor em ação, ele fica triste. Vamos atrás do conselho das trevas, e não atrás da orientação do Espírito Santo. Então, não fazemos sua vontade, mas executamos a nossa. Vamos atrás dos nossos vícios, sem lhes resistir, e não atrás das virtudes que o Espírito Santo pode desenvolverem nós. 2.4. Entristecemos o Espírito Santo quando recusamos aceitar que o que somos, o que temos e o que fazemos é ação dEle em nós. Há uma doença atingindo cristãos e não-cristãos e esta doença tem um nome: auto-suficiência. O auto-suficiente resiste ao Espírito Santo que passa a ter um papel secundário em suas vidas, depois da propalada força da mente, da força do caráter e da força do corpo. A enfermidade é antiga. O profeta Isaías (Isaías 63), oito séculos antes de Cristo, advertiu o povo de Israel contra ela. Escreveu ele: Falarei da bondade do Senhor, dos seus gloriosos feitos, por tudo o que o Senhor fez por nós, sim, de quanto bem ele fez à nação de Israel, conforme a sua compaixão e a grandeza da sua bondade. Em toda a aflição do seu povo ele também se afligiu, e o anjo da sua presença os salvou. Em seu amor e em sua misericórdia ele os resgatou; foi ele que sempre os levantou e os conduziu nos dias passados. Apesar disso, eles se revoltaram e entristeceram o seu Espírito Santo (Isaías 63.7, 9, 10). Paremos de entristecer o Espírito Santo. Não tenhamos o hábito de entristecer o Espírito Santo. 3. COMO PODEMOS ALEGRAR O ESPÍRITO SANTO? Podemos alegrar o Espírito Santo? No Antigo Testamento, Deus é apresentado com um Deus que se alegra. Sofonias convida o povo à festa nos seguintes termos: O Senhor, o seu Deus, está em seu meio, poderoso para salvar. Ele se regozijará em você; com o seu amor a renovará, ele se regozijará em você com brados de alegria (Sofonias 3.17). Pouco depois dele, Jeremias descreve o Senhor como um Deus que se aborrece e se alegra. Certamente eu os reunirei de todas as terras para onde os dispersei na minha ardente ira e no meu grande furor; eu os trarei de volta a este lugar e permitirei que vivam em segurança. Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus. Darei a eles um só pensamento e uma só conduta, para que me temam durante toda a sua vida, para o seu próprio bem e o de seus filhos e descendentes. Farei com eles uma aliança permanente: Jamais deixarei de fazer o bem a eles, e farei com que me temam de coração, para que jamais se desviem de mim. Terei alegria em fazer-lhes o bem, e os plantarei firmemente nesta terra de todo o meu coração e de toda a minha alma. Sim, é o que farei (Jeremias 32.37-41). No Novo Testamento, Pedro recorda o batismo de Jesus em termos bem evangélicos: Ele recebeu honra e glória da parte de Deus Pai, quando da suprema glória lhe foi dirigida a voz que disse: “Este é o meu filho amado, em quem me agrado” (2Pedro 1.17). 3.1. Alegramos o Espírito Santo tendo consciência dos nossos pecados. Uma vez que um dos ministérios do Espírito Santo é nos convencer do nosso pecado, nós o alegramos quando deixamos que Ele nos convence dos nossos pecados, tanto o pecado essencial — de resistir ao Seu convite para uma vida nova — quanto os pecados do dia a dia, cuja lista é longa. Se você ainda não se deixou convencer pelo Espírito Santo que precisa ser salvo, deixe-se agora. Se você não está salvo, você está perdido